16 agosto 2006

Lavar sapatilhas na máquina

A publicidade a detergentes de lavar roupa referem, muitas vezes, que mesmo a temperaturas baixas, retiram todas as nódoas. Para mim, temperaturas baixas é água fria, mas no mundo das lavagens de roupa, baixa temperatura ronda os 30 ou 40 graus.

Outro dado que eu tenho como adquirido diz respeito à proporcionalidade entre a temperatura da água e o resultado da lavagem. Quanto mais quente estiver a água, melhores os resultados.

Com estes dois pensamentos, decidi lavar muito bem as minhas sapatilhas. Olho para o regulador de temperatura da minha máquina de lavar roupa e vejo uns fantásticos 95 graus. Selecciono o programa da roupa muito suja, coloco o regulador nos 95 graus, despeço-me das minhas sapatilhas e ligo a máquina.

Três pares de sapatilhas às voltas no tambor da máquina fazem barulho, o que levou os restantes habitantes do meu apartamento a dar uma olhadela à caldeira... errrhh, à máquina de lavar roupa.

Antes da centrifugação alertaram-me para o facto de haverem demasiadas peças às voltas e que uma das sapatilhas parecia "torta"... curioso fui espreitar, mas a centrifugação tinha começado. No entanto eu via o que pareciam ser umas solas às voltas.... Esperei, interrompi o programa e tentei abrir a porta.

Eram realmente solas que tinha avistado momentos antes. Retirei o que restava do primeiro par de sapatilhas. Estas não eram muito queridas e tinham (ainda) nódoas verdes sobre o branco das sapatilhas. O segundo par, umas sapatilhas de corrida, tinham a biqueira descolada, dando um péssimo aspecto. estavam também algo deformadas e tinhas as marcas do tambor por toda a sola. Por fim, as minhas sapatilhas de montanha.... Estas foram as que menos sofreram. Estão bastante deformadas e se puxar pela sola, ela descola!!

O que aconteceu foi obvio: a temperatura foi suficiente para descolar as solas e para aquecer a borracha ao ponto de ficar marcada e deformada na centrifugação.


Alguém me pode explicar em que situações devemos regular a temperatura de lavagem para 95 graus?

02 agosto 2006

Passadeira de Flores

Este fim-de-semana fiz parte de algo muito tradicional, de uma actividade que associo às pequenas aldeias, aos grandes acontecimentos e ao século passado!

Um padre recém ordenado realizou a sua missa nova na Igreja Matriz, que fica a cerca de 500m de sua casa. A missão dos conterrâneos foi preencher este caminho com uma faixa de 1m de largura de flores: uma passadeira de flores.

O trânsito foi cortado, flores foram colhidas durante toda a semana, molduras desenhavam corações, cálices e cruzes, prontas a serem preenchidas de flores pelas mãos de quem saiu à rua para ajudar. E foram bastantes as pessoas que se mobilizaram, voluntáriamente, para um trabalho tão cansativo com recompensador.

No fim, foi bonito ver um amigo de longa data, descer com a família pela zona antiga da cidade, sempre com flores debaixo dos pés, ao som dos aplausos dos habitantes da sua paróquia. Realizou uma missa muito bonita e, no fim, como manda a tradição, a assembleia beijou-lhe as mãos, no ritual do beija-mãos.