29 abril 2008

Açores 2008: Capítulo 2

A inércia é grande. Somos muitos e, principalmente, temos hábitos e prioridades diferentes. Por isso passei o início da semana a planear o que fazer. Investiguei um pouco mais sobre as viagens de barco que pretendia fazer com a minha prima e descobri que comprando um bilhete de barco para a Ilha Graciosa, teria direito à viagem de avião, pois o porto da ilha está em obras!

Ilhéu das Cabras

Fui espreitar as vias de escalada da Chanoca com o Paulinho e fiquei cheio de vontade de lá voltar logo no dia seguinte de tarde... mas só às 19h é que pude fazer cordada com o único escalador da ilha e ir provar o basalto da Terceira. Não há fotos porque só éramos 2 e o tempo escasso.

26 abril 2008

Açores 2008: Capítulo 1

Este primeiro capítulo, foi o capítulo da família. Almoçar com a família, passar a tarde com a família, jantar com a família. É o chamado descanso.

No entanto, o início foi atribulado, ainda em Portugal no continente: acordei cedo no feriado, tal era a ansiedade! Tinha de fazer as mudanças, fazer a mala ir buscar a família à estação e levá-los ao aeroporto. Andei em grande correria num dia de muito calor em Lisboa. Acabei por fazer várias viagens Oriente-Aeroporto a levar a família e as malas. No final, estacionei o meu carro num bairro das redondezas e fui à boleia para o aeroporto, pois não tinha nenhum dinheiro comigo. Já no aeroporto, a minha prima ainda teve uma pequena aventura com o segurança no posto de controlo da sala de embarque...

em família no Domingo de manhã

Entrei para o avião e pouco tempo depois estava de volta aos EUA, a comer pizza com barbeque sauce e a beber Mountain Dew. Tudo parecia tão familiar!

25 abril 2008

Açores 2008: Introdução

Parto hoje para os Açores, ilha Terceira, numa viagem com a família. Ainda não fiz a mala. Ainda tenho de mudar de casa hoje! Estou a ficar constipado.

Será uma semana inteira de verdadeiras férias, com muito pouca coisa planeada. Vou levar material de aventura para manter a forma. Vou procurar actividades interessantes, vou procurar divertir-me... vou procurar o bilhete de avião que imprimi há um mês, senão não vou para lado nenhum (e este diário acaba aqui)!

Vou ficar em casa do meu primo militar, actualmente numa missão na Bósnia, que veio a casa para a Primeira Comunhão da sua filha, para a qual fomos convidados. Será o meu merecido descanso depois de 5 meses a trabalhar com apenas 1 dia de férias (mal aproveitado).

Diários de viagem

Gosto muito do resultado final de um diário de viagem, num blog. Já o fiz uma vez e o resultado é óptimo. É ler uma história ao mesmo tempo que é vivida e isso fica tão bem marcado que, sempre que a lemos, parece que está a acontecer no presente.

Vejam o fantástico resultado destes grandes malucos que querem ir longe com 1000 euros. Se vos disser que eles já fizeram isto no ano passado e que só agora estão a escrever os posts diariamente, vocês não acreditam, tal é a fluência e o desconhecimento dos próximos posts. Então experimentem lá voltar daqui a 1 ano e digam se a sensação não é a mesma? É essa a magia destes diários de viagem!

Nem todo o tipo de viagens resulta bem neste formato. Penso que a aventura e a espontaneidade são essenciais numa viagem para poder ser relatada.

Para começar por fazer um diário da minha viagem aos Açores, que começa hoje. O objectivo é treinar para a minha EuroTour2008 por 3 cidades europeias, na semana do 10 de Junho.

Vem ter comigo

Ontem, numa esplanada a comer caracóis, alguém telefonou ao marido a explicar como nos encontrar, para se juntar à degustação! Rotundas, cruzamentos, viragens à esquerda e segue, segue, segue... Dois telefonemas depois, "Vira aí à esquerda! Já te estou a ver"

Ideia: Enviar um "VemTerComigo". Seria um serviço de troca de mensagens em que o primeiro telemóvel envia uma mensagem com a sua posição geográfica ao segundo, para que este trace uma rota num mapa e indique o caminho para o destino. Podemos ainda complicar o sistema, permitindo que o primeiro telemóvel esteja em movimento, enviando mensagens periódicas para o segundo o seguir.

O modelo de negócio do sistema teria de ser aplicado às operadoras, que forneciam os equipamentos já com a aplicação instalada e cobravam pela utilização do serviço (a preços simbólicos, de preferência). Uma alternativa mais independente, mas com difícil penetração no mercado, seria disponibilizar a aplicação para download, implementando a troca de mensagens sobre o actual protocolo de SMS (com valor acrescentado) para um servidor central.

Esta é talvez das ideias mais simples e fácil de implementar que já aqui publiquei. Se houverem interessados, com vontade e tempo livre, não se esqueçam de me contactar para "mais pormenores". Todas as ideias me interessam, por isso é que as publico.

Novidades

Estou de partida. Para os Açores, de férias. Para uma casa nova, na Av. da Liberdade. Mudança! Estou a fazer as malas, depois da despedida de ontem. Daqui a uma semana tudo será diferente! Até os projectos no trabalho. Adoro a mudança!

24 abril 2008

18 aninhos!


A minha irmã faz 18 anos. Telefonei-lhe para lhe dar os parabéns e saber como tinha corrido o dia. Estava a preparar-se para o jantar de aniversário com 44 amigos! Depois tinha combinado ir para o Bar do Lago, ao que o meu pai disse: "Minha menina, à meia noite quero-te em casa!". Depois de termos falado da prenda que andava à procura para ela, diz-me: "Oh mano, telefona ao pai para ele me deixar chegar mais tarde!".

Mais uns meses e isso passa-lhe.

15 abril 2008

Os saltos continuam

Para colorir um pouco este blog, deixo umas fotos "originais" que continuam a fazer sucesso e a impressionar pelo resultado. Já são uma imagem de marca.

Rui no final de uma tarde de escalada na Guia, depois de ter passado a manhã a olhar para um mar flat onde eu queria fazer body-board. Acabou por ser um fim-de-semana só de escalada, mas marcado pela queda de muitas pedras nas falésias portuguesas, desde pequenos calhaus importantes para a execução de vias, até grandes pedregulhos que poderiam esmagar a vida que qualquer um.

João Neto, numa festa de aniversário entre escaladores, em plena praia da Costa da Caparica. Um café bastou para eu aguentar até às 5h ao lado do bêbado mais divertido da praia, quando todos já tinham sucumbido à maresia. Esta foto foi tirada durante o percurso até ao carro (cerca de 100 metros) que nos demorou cerca de 1 hora, provando que é possível fazer imensas coisas num curto espaço de tempo distância mesmo. Foi um fim-de-semana também repleto de escalada e de encadeamentos.

13 abril 2008

Deja vu

O CEO da empresa almoçou na minha mesa, lá no shopping do edifício da empresa. Nos meus primeiros dias como estagiário, há mais de um ano, tive igual prazer da sua companhia. Desta vez quase não trocamos palavra, mas da altura fez-me um inquérito, tipo background check, tão apertado que não se falou doutra coisa na minha equipa durante a tarde. Eu achei normal o CEO querer saber tudo sobre um estagiário que foi escolhido por terceiros para representar a empresa no estrangeiro, num mercado como os EUA. Hoje, apesar de continuar a achar normal o seu comportamento, compreendo-o melhor e partilho do alvoroço vivido pela minha equipa no ano passado.

A importância das redes sociais

Os contactos são muito importantes. Tenho aprendido isso, principalmente desde há um ano.

Ao nível empresarial é mais do que óbvia a vantagem das redes de contactos. Aliás, é para isso que servem grande parte das feiras e eventos empresariais, as conferências e principalmente os coffee breaks e jantares das mesmas. Conversando sobre os seus interesses, os empresários encontram sinergias e dão-se a conhecer a si e ao seu produto. Objectivo: dar-se a conhecer para serem reconhecidos. Estou a ser claro?

A importância de uma rede de amigos na nossa vida tem igual ou superior importância e todos a devemos cultivar para que seja grande e forte. Mas será que temos consciência disso? Há outros povos e culturas que têm essa consciência e socialmente organizam-se em eventos única e exclusivamente para se conhecerem, aproveitando todo e qualquer ponto em comum. Sem misturar aqui as redes sociais na Internet, em Portugal isso resume-se a não perder o contacto com os amigos da escola, da universidade ou de uma ou outra actividade que tenhamos participado e que muitas vezes se resume a contactos electrónicos. Pior ainda, não se valoriza essa ligação (por mais pequena que seja) com um grupo de pessoas que pode ter muito para dar (e para receber, obviamente). Dois exemplos:
  1. fiz um grande esforço para comparecer a um pequeno jantar de ex-colegas de curso. Já não via alguns deles há uns anos e nada sabia do rumo das suas vidas. Um deles descobriu que eu estou a trabalhar numa empresa que usa metodologias de desenvolvimento que ele está a estudar no seu mestrado. Ficou a vontade de trocar-mos ideias mais seriamente.
  2. alguns responsáveis de um Curso de Liderança que frequentei, tomaram a iniciativa de fazer um grupo/clube/associação com todos os "líderes" de todos os anos. Achei a ideia interessante e promovi-a junto dos 20 colegas do meu ano, os quais juntei numa mailing list mal acabou o curso. Ninguém esboçou o mais pequeno interesse e não obtive respostas.
Tenho de confessar que já participei em alguns eventos de socialização (nos EUA, onde mais poderia ser) e notei a vontade de certas pessoas em estabelecer contactos, em criar uma rede de amigos conhecidos, ainda que com a única intenção de se auto-promoverem. Não as condeno. Pelo menos são espertos e fazem pela vida.

Basicamente, os jovens de hoje em dia são agregados à rede social da família e quando deixam a casa dos pais nem são capazes de a manter. Ficam limitados aos amigos da escola, universidade e trabalho. Perdem uma rede social de confiança que leva gerações a ser criada. Já nem os vizinhos conhecem! Querem ser independentes e acabam por confundir autonomia com isolamento.

Vá agarrem todas as oportunidades para manterem o contacto com o maior número de pessoas que conhecem pois a qualquer momento podem surgir sinergias capazes de mudar a vida de uma pessoa. Cultivem a vossa rede social!

Se tiverem uma mensagem importante a comunicar, quantas pessoas conseguem alcançar? Bem-vindos à minha rede!

07 abril 2008

Chuveiro de ideias

No duche, entre o champô e o gel de banho, podem surgir ideias inovadoras, a resolução para os problema do trabalho ou até a fundamentação para uma decisão na nossa vida. Mas, entre a toalha e o quarto, tudo se esquece. Com certeza que reconhecem esta sequência de acontecimentos naqueles sonhos fantásticos que, por altura do pequeno almoço, já não fazem sentido.

Penso que a explicação pode estar no estado de relaxamento que o nosso cérebro se encontra em ambas as situações, podendo imaginar e criar cenários fantásticos mas extremamente voláteis.

O simples facto de encarar as ideias no chuveiro como boas ideias que certamente nos vamos esquecer, é o suficiente para logo as gravarmos num cantinho do cérebro e mais tarde recordá-las. Não estamos suficientemente conscientes para o fazer relativamente ao sonho enquanto dormimos, mas no chuveiro quem comanda a mente ainda somos nós!

Tenham isto em mente amanhã de manhã quando esfregarem o gel de banho pelo corpo e não se esqueçam de gravar essas ideias senão vão (literalmente) pelo cano abaixo.

Depois passem cá e digam se concordam ou discordam desta teoria construida no chuveiro! Aceitam o desafio?

Post do mês

A baixa frequência de actualizações não é devida à escassez de ideias (muito pelo contrário). Trata-se de um problema de prioridades e hoje tirei o dia para redefini-las.

Quando a escrita de um post passa para segundo plano em relação a comer, dormir, trabalhar ou escalar.... tenho um problema de motivação!

Quando digo que tenho tido muitas ideias mas não me consigo lembrar de nenhumas. Não as escrevo, depois esqueço-me. Tenciono alterar isto.

Por último, quando escrevemos um texto como este e, depois de o ler, decidimos não o publicar, sofremos de um problema grave de falta de confiança. (nota para o autor: quero ver se apagas isto agora)

Como podem ver isto não está fácil. Vamos ver se consigo sair desta!