28 agosto 2009

Canyoning - Ribeira de Vessadas (Inferior)

Pela primeira vez participei na festa do aniversário do meu clube de escalada, o Núcleo de Montanha de Espinho.


A actividade da moda foi a mais dominadora deste encontro: o canyoning. Apesar de ter havido alguma escalada desportiva e de bloco no Domingo, grande parte dos associados dedicou o fim-de-semana ao canyoning.

Foto de grupo

O local escolhido diz tudo: Parque de Campismo do Merujal, bem no coração da Serra da Freita e a poucos minutos de carro de vários troços de canyoning.


Além da óptima localização, este parque tem ainda uma excelente posta aroquense, servida no jantar de comemoração do aniversário! Grande festa, seguida por um jogo que pôs toda a gente a "itibitar" até às tantas da manhã!

Mas passemos à reportagem dos canyonings. Primeiro a Ribeira de Vessadas (Inferior), primeiro canyoning para muitos dos presentes, incluindo a Isabel que, mesmo não sendo associada, também participou.

Isabel, em grande estilo, na sua introdução à modalidade


Muito calor e alguma água

A Isabel proporcionou ainda um dos momentos mais comentados da noite: os saltos para a água. Desenganem-se aqueles que pensem que ela é uma maluca das alturas, uma destemida dos saltos ou uma pessoa decidida na altura de saltar. É exactamente o oposto!

Demorou cerca de 10 minutos para fazer este salto (boa técnica)


Cerca de 40 minutos para saltar este... (10cm mais alto)

Mas saltou-os! A todos! Mesmo tendo a alternativa de "ir à volta". Mais para o final até repetiu várias vezes um salto à saída de um tobogã (talvez o mais alto do dia) mas que estava camuflado pelo "escorrega" inicial...

A já experiente Isabel a dominar as técnicas do rappel

No dia seguinte, parte do grupo (os mais fanáticos) seguiram para o Rio Teixeira, um clássico. Tenho-o descido uma vez por ano, desde que comecei a praticar canyoning, o que é uma excelente média. Este é provavelmente o canyoning mais interessante do país para iniciação!

A cascata mais fotogénica do rio

É também engraçado sentir a evolução de ano para ano. Principalmente no final do rio, onde existe a possibilidade de realizar saltos progressivamente mais altos! Com vista às minhas férias em Maiorca, decidi treinar os saltos, chegando a amandar-me várias vezes praí dos 7 metros... Nada mau para quem há um ano, no mesmo local, sentia um frio no estômago ao saltar dos 5 metros! Para o ano tenho "o famoso salto" de 20 metros, no mesmo local. Um dia...

Café local que serve excelentes sandes de presunto (era a fominha)

22 agosto 2009

Hoya Moros

Fui escalar para Hoya Moros com a malta do bloco e só há uma palavra para descrever este fim-de-semana: fantástico!


Estes cinco marmanjos da foto acima fizeram os quase 500Km no meu Ford Fiesta (quatro dos quais são provavelmente os escaladores mais altos de Portugal), mais tralhas de campismo e comida! Fomos bem aconchegadinhos, vá...

Chegada a Hoya Moros

Hoya Moros é um sítio lindíssimo, num circo cheio de enormes calhaus que fica a cerca de 2h a pé desde os carros. São 2h a caminhar montanha acima, com os enormes crash pads às costas, mais mochila e aprovisionamento para o fim-de-semana. Mas é uma subida que vale bem a pena!

No topo da subida, depois do prado principal

Chegados ao topo, a primeira coisa que fizemos foi logo tomar uma banhoca, aproveitando o calor, pois não teriamos coragem nem oportunidade de o fazer nos dias seguintes, dada a temperatura imprópria da água!

Mário e Bibs em grande estilo, eu e Vegeta... (foto de Ricardo Alves)

A luz, a paisagem - e o(s) fotografos, claro - eram perfeitas para apanhar alguns bons momentos de saltos!

Foi uma aterragem "dolorosa" (foto de Rui Pereira)


Eu, a posar para o salto! (foto de Rui Pereira)

Mesmo ao final da tarde era possível sacar umas fotos bem interessantes, ou não fossem 3 dos escaladores fotografos (quase) profissionais. Foi um prazer poder escalar assim, posar para fotos e poder trazer recordações tão boas como estas!

Belo bloco "morfológico" (foto de Ricardo Alves)


Escalando no fim de tarde (foto de Rui Pereira)


Um 7A que me deu bastante luta! (foto de Ricardo Alves)

Durante este fim-de-semana ainda apareceram por lá uns espanhois (patrocinados) que fizerem este video. Vejam lá se me conseguem ver (exactamente no bloco da foto acima).

Se escalares, toma cuidado com as vacas!

07 agosto 2009

Férias de Verão em Vila Praia de Âncora

Este ano as férias em Vila Praia de Âncora não foram tão divertidas como no ano passado, mas também me fartei de fazer actividades, para além do canyoning e do kayak.

Voltei, como não podia deixar de ser, a Vila Nova de Cerveira para escalar, mas desta vez levei a família toda, avós e tios incluídos!

Avó, Tia e restante família a verem-nos a escalar

Estavam todos a rir porque eu consegui convencer a minha tia a experimentar a escalada. Ela é a pessoa que mais "torce o nariz" sempre que vou escalar! Por ela poderia certamente queimar todo o material de escalar e até já deve ter feito algumas promessas para eu deixar de escalar... Vai ter sorte, pois não as precisará de cumprir!

A minha tia preparada para escalar

Escalou 30 centímetros. Um record pessoal certamente! Acho que a pequena Leonor escalou bem mais do que ela, pelo menos em proporção!

Pequena Leonor, com uma técnica muito intuitiva

Mais surpreendente que a Leonor, só a sua mãe. A Maria escalou todas as vias do pequeno monolito de Cerveira sem qualquer dificuldade! Arriscaria dizer que, se a levasse a um 6a ou 6b em rocha, pouco técnico, ela o faria sem dificuldade!

Maria, a estrear-se na escalada com grande estilo

Depois da escalada, como não podia deixar de ser, uma visita aos jogos de água instalados a poucas dezenas de metros da escalada. Os mais velhos já tinham regressado a casa, mas os mais novos não dispensavam umas brincadeiras bem refrescantes!

Eu no meu "jogo de água" preferido

A minha afilhada a posar para a foto!

Além do passeio por Cerveira, do canyoning (2 dias) e da descida do Rio Neiva, passei o restante tempo entre a praia, os passeios de bicicleta e a comida...

Almoçarada típica em tempo de férias: "Arroz de Cabidela"

Saltos em Vila Praia de Âncora

Marco, na "Casa do Marco"

Para o ano espero sinceramente que seja diferente. Tenho de encarar estas férias com outra atitude e procurar alternativas mais consensuais e mais colectivas. Pró ano há mais!

06 agosto 2009

Kayak no Rio Neiva

A Isabel organizou, a partir de Lisboa, uma fantástica descida do Rio Neiva, de kayak. Pelos vistos já o tinha feito à alguns anos com a família e quis repetir o percurso.

Rio Neiva

A princípio foi difícil arranjar interessados, mas já perto do dia da descida a Isabel fartou-se de telefonar à empresa onde alugou os kayaks a pedir mais e mais lugares, juntando no total umas 14 pessoas.

Os 10 marinheiros que iniciaram a descida

E em que consistia esta descida? Para mim era algo de totalmente novo. Em enormes kayaks de duas pessoas teríamos de transpor pequenas presas de água que abasteciam os muitos moinhos que aproveitavam a força do rio Neiva para moer o milho.

Fora dos kayaks, a transpor uma das primeiras presas

Ao início ainda pegamos nos kayaks à mao, para as transpor, mas assim que conseguimos passar por cima da primeira "levada", já não queriamos outra coisa e com alguns empurrões, transpusemos quase todas as levadas do rio.

Primeira levada que passamos sem sair do Kayak

Tiago, Marco e Helena a transpor mais uma levada

Passagem mais arriscada, que acabou com o "capotanço" do kayak

A meio paramos para um almoço volante. Primeiro comemos algumas sandes que trouxemos nos boiões, mas depois, com a chegada de mais 4 pessoas que se juntaram a nós para descer o rio, vieram também os "restos" (e não só) de um aniversário de uma prima da Isabel no dia anterior. Então foi encher a barriga de febras acabadas de grelhar, arroz, massa, sangria e melancia!

Mega almoçarada, a meio do percurso

Regressamos ao rio de barriga cheia, com o objectivo de descer mais algumas levadas... muitas levadas. Passamos a tarde a desce-las, umas melhor outras pior, mas sempre a todo o gás.

Sempre a acelerar, rio abaixo

O ritmo foi tão rápido que passadas poucas horas já estávamos no local combinado para o final. Paramos apenas para um lanche e seguimos viagem para tentarmos chegar mesmo até à foz!

Lanche numa pequena ponte que atravessava o rio

E assim foi, já no final de tarde, chegamos à última saida possível para os kayaks, antes da praia.


Foi uma aventura muito boa para passar em família! Rio muito divertido e bastante físico pois deixou toda a gente com uma enorme dor de braços no dia seguinte. Uma excelente forma de conviver em família nas sempre monótonas férias de verão!

04 agosto 2009

Canyoning - Rio Arga

De férias em Vila Praia de Âncora e já farto de descer o Rio Âncora, procurei alternativas e, com a ajuda do EC/DC Portugal e do Canyonês, lá encontrei alguma (pouca) informação sobre o Rio Arga.


Partimos à descoberta do rio já depois de almoço, com a confiança de fazer algo simples e rápido. Depois de umas voltas à Serra de Arga, lá descobrimos uma possível entrada e entramos no rio. Pouco depois apareceram os primeiros rapeis, mal equipados, mas arriscamos descer. Após esta zona interessante, tivemos de caminhar durante o resto da tarde pelo rio cheio de vegetação e sem desníveis. Perto das 19h chegámos ao verdadeiro início do troço mais interessante para a prática de canyoning e, dado o avançar da hora, regressamos a casa.

No dia seguinte, estávamos lá outra vez, para terminar aquilo que tínhamos deixado a meio (ou nem sequer tínhamos começado). Desta vez já com máquina fotográfica, descemos pelo bonito caminho de acesso às quedas de água das penas.


Pelo caminho fomos encontrando pessoas que metiam conversa e que, depois de perceberem o que iríamos fazer, nos contavam a história de um espanhol que morreu nesse local. Todas as versões eram diferentes, envolviam bombeiros e helicópteros, mas acabavam sempre com a morte do espanhol (um fotografo descuidado) com o pulmão perfurado.


Estas histórias foram o suficiente para o Marco encontrar vários presságios pelo caminho (como uma simples escorregadela) para não fazer o canyoning.


Iniciamos o canyoning, em pleno Agosto, com tanta água que parecia Abril! Os habitantes já nos tinham dito que o rio levava muito água, mas isso só me estimulou ainda mais. E confirmou-se. O caudal do rio estava perfeito para uma tarde bem passada.


As cascatas era divertidas e todas diferentes. Umas grandes, outras mais pequenas, mas todas interessantes.



Numa delas fizemos asneira: deixamos a corda torcer na descida e ficou impossível de recuperar. Tive então de escalar pela corda, até à reunião, para podermos recuperar os 80m de corda estática de 11mm que levamos para o rio. Sim, 80 metros pois esquecemo-nos da corda em casa e "por acaso" eu tinha esta no carro!

Os dois estarolas

Foi um percurso muito interessante pois logo após o início começamos a rapelar uma grande sequência de cascatas e terminamos com 100 ou 200 metros de caminhada pelo leito antes de sair pela margem esquerda. Curto, bonito e lúdico com bastante água. Cinco estrelas!

Final do percurso

Logo após o final, uma nova sequência de cascatas começava, aparentemente com bastante interesse, mas eu já sabia que depois de as descer teria de atravessar muito mato para sair do fundo do vale. Ouvimos então o chamamento das muitas amoras que nos guiavam o caminho de regresso ao carro...


Eram grandes, maduras e doces. Provocaram uma demorada subida até ao carro que, por não ser 4x4, não passou por uma estrada demasiado rural. Ganhei no entanto um risco de ponta a ponta, provocado por um arbusto mais aguçado...


Balanço positivo. Recomendo este rio lúdico aos praticantes da modalidade. Mais interessante que o Rio Âncora. Aproveitem também para conhecer a região da Serra de Arga que está a apostar no turismo!