Este fim-de-semana, transportei algo bastante pesado.
O meu pai pediu-me ajuda, para transportar algo da Igreja Matriz para uma casa adjacente, pois viu em mim as características necessárias para o fazer. Quando vi o que era fiquei tenso. Era fácil de transportar mas eu não estava seguro. Pelo caminho esperavam-me escadas, portas, mais escadas e mais portas.
Iniciei o transporte e senti então o verdeiro peso do que transportava: o peso da responsabilidade. O que estava a transportar era algo que toda a gente conhecia e que toda a gente adorava. Não podia falhar.
Quando coloquei a imagem/estátua de Nossa Senhora de Fátima no seu lugar, que felizmente coincidia com o seu destino, sorri. "Afinal não é assim tão pesada", pensei.
Esta situação fez-me lembrar dos meus 12 anos, quando o meu pai me deu 20 contos para pagar o instituto de línguas. As notas quase não me cabiam no minúsculo bolso das calças! Lembro-me de fazer o trajecto a pé, muito atento aos comportamentos das pessoas com que me cruzava, à procura de algo suspeito, para poder libertar a adrenalina e correr o mais que pudesse! Nessa idade, era uma quantia milionária!
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