13 abril 2008

A importância das redes sociais

Os contactos são muito importantes. Tenho aprendido isso, principalmente desde há um ano.

Ao nível empresarial é mais do que óbvia a vantagem das redes de contactos. Aliás, é para isso que servem grande parte das feiras e eventos empresariais, as conferências e principalmente os coffee breaks e jantares das mesmas. Conversando sobre os seus interesses, os empresários encontram sinergias e dão-se a conhecer a si e ao seu produto. Objectivo: dar-se a conhecer para serem reconhecidos. Estou a ser claro?

A importância de uma rede de amigos na nossa vida tem igual ou superior importância e todos a devemos cultivar para que seja grande e forte. Mas será que temos consciência disso? Há outros povos e culturas que têm essa consciência e socialmente organizam-se em eventos única e exclusivamente para se conhecerem, aproveitando todo e qualquer ponto em comum. Sem misturar aqui as redes sociais na Internet, em Portugal isso resume-se a não perder o contacto com os amigos da escola, da universidade ou de uma ou outra actividade que tenhamos participado e que muitas vezes se resume a contactos electrónicos. Pior ainda, não se valoriza essa ligação (por mais pequena que seja) com um grupo de pessoas que pode ter muito para dar (e para receber, obviamente). Dois exemplos:
  1. fiz um grande esforço para comparecer a um pequeno jantar de ex-colegas de curso. Já não via alguns deles há uns anos e nada sabia do rumo das suas vidas. Um deles descobriu que eu estou a trabalhar numa empresa que usa metodologias de desenvolvimento que ele está a estudar no seu mestrado. Ficou a vontade de trocar-mos ideias mais seriamente.
  2. alguns responsáveis de um Curso de Liderança que frequentei, tomaram a iniciativa de fazer um grupo/clube/associação com todos os "líderes" de todos os anos. Achei a ideia interessante e promovi-a junto dos 20 colegas do meu ano, os quais juntei numa mailing list mal acabou o curso. Ninguém esboçou o mais pequeno interesse e não obtive respostas.
Tenho de confessar que já participei em alguns eventos de socialização (nos EUA, onde mais poderia ser) e notei a vontade de certas pessoas em estabelecer contactos, em criar uma rede de amigos conhecidos, ainda que com a única intenção de se auto-promoverem. Não as condeno. Pelo menos são espertos e fazem pela vida.

Basicamente, os jovens de hoje em dia são agregados à rede social da família e quando deixam a casa dos pais nem são capazes de a manter. Ficam limitados aos amigos da escola, universidade e trabalho. Perdem uma rede social de confiança que leva gerações a ser criada. Já nem os vizinhos conhecem! Querem ser independentes e acabam por confundir autonomia com isolamento.

Vá agarrem todas as oportunidades para manterem o contacto com o maior número de pessoas que conhecem pois a qualquer momento podem surgir sinergias capazes de mudar a vida de uma pessoa. Cultivem a vossa rede social!

Se tiverem uma mensagem importante a comunicar, quantas pessoas conseguem alcançar? Bem-vindos à minha rede!

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