As previsões meteorológicas para os Alpes estavam más, por isso decidimos ficar em Genebra uma noite. Estávamos preparados para dormir na neve, por isso arranjar estadia em Genebra seria simples. E assim foi. O Joel deu-nos abrigo e muito mais!
Depois de explicar o conceito de CouchSurfing ao Judeu e ao Fofoni (que só o descobriram enquanto esperávamos pelo Joel à sua porta) alugamos umas bicicletas e percorremos toda a cidade.
Ficámos a conhecer os encantos de Genebra debaixo de períodos de chuva torrencial, que nos fizeram ver e rever com todo o pormenor alguns dos monumentos da cidade:
Mas nós estávamos preparados para a neve e a alta montanha, por isso não seriam umas chuvadas que nos afastariam das ruas da cidade...
Com este tempo e nuvens escuras, as fotos saíram bastante boas. Não havia o típico céu azul das fotos das férias, mas ficamos com o contraste e tonalidades do mau tempo!
Mas o melhor da experiência CouchSurfing ainda estava para vir! O Joel foi um excelente anfitrião. Passou o início da noite a preparar shots para ele, para o seu amigo canadiano e o seu amigo maluco romeno. A cada shot que bebiam, faziam um teste de álcool num pequeno aparelho que tinham acabado de comprar. Mal passaram os 0.5 o aparelho deixou de funcionar... talvez pela quantidade de saliva que sopraram para o seu interior!
Depois da sessão de shots fomos para os bares da cidade, começando num Irish Pub na zona histórica e acabando numa pequena discoteca. Foi aqui que ficamos a conhecer melhor o amigo romeno do Joel. Era uma pessoa extremamente agressiva, metendo-se com todas as raparigas e oferecendo porrada aos namorados delas... Numa situação mais acesa tive de ir buscá-lo e acalmá-lo e ainda tive de ouvir as amigas da rapariga alvo do assédio a dizer-me que o meu amigo era um idiota!
O Joel, por outro lado, era o casanova em pessoa e passou a noite em longas conversas com as raparigas mais bonitas que encontrava, mas sempre sem sucesso. Segundo ele, por vezes, dá resultado, tal como me contou...
O Fofoni não nos tinha acompanhado à discoteca e o Joel deu-lhe a chave para ele ir para casa. O Judeu, a meio da noite também regressou a casa. Quando eu e o Joel regressámos, já ninguém nos abriu a porta. O Fofoni já tinha aberto a porta uma vez (ao Judeu) por isso não se levantou. O Judeu dormia profundamente. Como o Joel mora num 1º andar de um prédio antigo no centro de Genebra, ele deixa sempre a janela do único quarto da casa (o dele) aberta, para uma situação como esta. Escaladores que somos, nem pensámos duas vezes (especialmente com algum álcool no sangue). Escalamos pela caleira do edifício até à estrutura de vidro de uma loja e caminhámos pelos apoios metálicos da estrutura até à janela aberta do quarto dele. O Fofoni dormia no corredor e o Judeu por baixo da mesa da cozinha, por isso eu lá tive de me contentar com o pequeno sofá do quarto do Joel... onde dormi bastante bem!
No dia seguinte partimos para os Alpes, mas eu logo combinei com o Joel novo reencontro para daí a uma semana, quando voltasse para apanhar o avião de regresso a Portugal.
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