24 fevereiro 2009

Canyoning - Rio Cabril

Pela informação que conseguimos reunir, para este canyoning esperavam-nos 30 minutos de caminhada de acesso, 1h30 de descida e mais 60 minutos de caminhada de regresso. De facto, saímos dos carros às 11h e só voltámos quase às 19h!

Este não é um trajecto comercial, mesmo para o padrão dos canyonings no Gerês, que são proibidos. Por isso, caminhos de acesso bem trilhados nem vê-los, ainda por cima em início de época e no Inverno. Demorámos quase 2h para chegar ao rio, depois de atravessar muito mato, que deixou as nossas pernas neste estado (nada que um bom banho de água fria não curásse):


Este canyoning foi o regresso dos meus primos à actividade depois da última aventura. Trouxeram com eles de Penafiel um vizinho que... não sabia nadar! Mas como havia fato para todos e saber nadar não costuma ser um requisito, também veio connosco.

Eu, Marco, Tiago, João e Diogo

Começámos por atravessar umas piscinas anormalmente grandes e fundas, que se revelaram um problema para o Diogo que não sabia nadar. No entanto, depois de umas braçadas de mochila (que servia de boia) às costas, a sua maior preocupação era o frio e não o perigo de se afogar! Nestas piscinas pudemos experimentar a máquina nova do Tiago, à prova de água.


Quanto ao canyoning propriamente dito, esperava-nos "apenas" uma cascata, mas (muito) digna do nome pelo qual é conhecida: o Poço do Mouro. Depois de um pequeno desnível, o Rio Cabril precipita-se para dentro dum buraco de 50 metros, o que levou o Tiago a entrar novamente em pânico e a não querer descer! Felizmente, podia-se contornar o poço pela margem direita.

Como no croqui que tínhamos havia uma grande advertência para este rappel, eu decidi aproveitar a escapatória e ir lá abaixo tentar ver como era, uma vez que o poço era tão fechado que não se via bem o fundo! Demorei imenso tempo nesta minha cruzada e o proveito foi quase nulo. Não vi nada.

Decidimos então descer para o buraco, mas só eu e o João, dado que a experiência do Diogo era nula e o Tiago estava com medo. O Marco esteve quase quase a vir, mas faltou-lhe um bocadinho mais de determinação. Ficou a tirar fotos.


A descida foi um "simples" rappel suspenso de 50 metros, com a recepção bem junto à queda de água. No fundo do poço as correntes eram muitas e levavam-nos a outra cascata mais pequena mas bastante encaixada e muito parecida com a fenda do Rio Arado! Descemos sem mais problemas e reencontramo-nos com resto do grupo à saída deste poço. Estava assim concluído o troço interessante para a prática de canyoning.


Esperava-nos agora uma subida de 60 minutos até aos carros, isto se encontrássemos o caminho. Não encontrámos. No entanto seguimos um caminho bastante mais acessível do que o que usámos para chegar ao rio e fomos dar à estrada para Xertelo, onde tínhamos os carros, mas 1km mais abaixo.

Ficam assim justificadas as mais de 5h de actividade, quando não deveríamos ter levado mais de 2h. No final ainda comprámos 1kg de mel cada um a um pastor com boas relações comerciais com os visitantes da aldeia de Xertelo.

1 comentário:

Jorge Nogueira disse...

Olá,

O Poço do Mouro atemoriza qualquer um! Só com Sol é que consegues descobrir a entrada ou saída em apneia, pelas 15Horas o Sol indica essa passagem, ao ver os seus raios dentro do Poço!

Espero que o meu croqui te tenha sido útil;)))

Abraço