04 agosto 2009

Canyoning - Rio Arga

De férias em Vila Praia de Âncora e já farto de descer o Rio Âncora, procurei alternativas e, com a ajuda do EC/DC Portugal e do Canyonês, lá encontrei alguma (pouca) informação sobre o Rio Arga.


Partimos à descoberta do rio já depois de almoço, com a confiança de fazer algo simples e rápido. Depois de umas voltas à Serra de Arga, lá descobrimos uma possível entrada e entramos no rio. Pouco depois apareceram os primeiros rapeis, mal equipados, mas arriscamos descer. Após esta zona interessante, tivemos de caminhar durante o resto da tarde pelo rio cheio de vegetação e sem desníveis. Perto das 19h chegámos ao verdadeiro início do troço mais interessante para a prática de canyoning e, dado o avançar da hora, regressamos a casa.

No dia seguinte, estávamos lá outra vez, para terminar aquilo que tínhamos deixado a meio (ou nem sequer tínhamos começado). Desta vez já com máquina fotográfica, descemos pelo bonito caminho de acesso às quedas de água das penas.


Pelo caminho fomos encontrando pessoas que metiam conversa e que, depois de perceberem o que iríamos fazer, nos contavam a história de um espanhol que morreu nesse local. Todas as versões eram diferentes, envolviam bombeiros e helicópteros, mas acabavam sempre com a morte do espanhol (um fotografo descuidado) com o pulmão perfurado.


Estas histórias foram o suficiente para o Marco encontrar vários presságios pelo caminho (como uma simples escorregadela) para não fazer o canyoning.


Iniciamos o canyoning, em pleno Agosto, com tanta água que parecia Abril! Os habitantes já nos tinham dito que o rio levava muito água, mas isso só me estimulou ainda mais. E confirmou-se. O caudal do rio estava perfeito para uma tarde bem passada.


As cascatas era divertidas e todas diferentes. Umas grandes, outras mais pequenas, mas todas interessantes.



Numa delas fizemos asneira: deixamos a corda torcer na descida e ficou impossível de recuperar. Tive então de escalar pela corda, até à reunião, para podermos recuperar os 80m de corda estática de 11mm que levamos para o rio. Sim, 80 metros pois esquecemo-nos da corda em casa e "por acaso" eu tinha esta no carro!

Os dois estarolas

Foi um percurso muito interessante pois logo após o início começamos a rapelar uma grande sequência de cascatas e terminamos com 100 ou 200 metros de caminhada pelo leito antes de sair pela margem esquerda. Curto, bonito e lúdico com bastante água. Cinco estrelas!

Final do percurso

Logo após o final, uma nova sequência de cascatas começava, aparentemente com bastante interesse, mas eu já sabia que depois de as descer teria de atravessar muito mato para sair do fundo do vale. Ouvimos então o chamamento das muitas amoras que nos guiavam o caminho de regresso ao carro...


Eram grandes, maduras e doces. Provocaram uma demorada subida até ao carro que, por não ser 4x4, não passou por uma estrada demasiado rural. Ganhei no entanto um risco de ponta a ponta, provocado por um arbusto mais aguçado...


Balanço positivo. Recomendo este rio lúdico aos praticantes da modalidade. Mais interessante que o Rio Âncora. Aproveitem também para conhecer a região da Serra de Arga que está a apostar no turismo!

2 comentários:

Jorge Nogueira disse...

Olá Pedro,

Boa reportagem e óptimas fotos!

Dia 26 deste mês estamos apontados a Espanha, queres ir)

pedro disse...

Olá Jorge,

Dia 26 tenho um casamento, não posso ir. Mas obrigado pelo convite.

Este canyoning foi fixe, mas depois deste já estive na serra da freita e... em Maiorca! Fiz a Sa Fosca de noite! Post para "breve".

Abraço,
Pedro