Viagem ao Brasil: done.
Depois de uma fantástica viagem num dos novos Airbus A330 da TAP (onde tive 4 lugares só para mim) aterramos, eu e a minha equipa, no Rio de Janeiro, para 5 dias de turismo. Tínhamos contratado um taxista para nos guiar pela cidade e arredores, o que se revelou bastante útil, principalmente nos 2 dias de menos bom tempo que apanhamos.
Como disse o Rui, "vimos o Rio como nenhum turista vê", pois o Pedro, o nosso taxista, fez questão de nos mostrar tudo o que conseguiu, incluindo uma incursão pela Favela da Rocinha.
Os locais dos almoços eram escolhidos por ele, "sem gordura" (gordura é a comissão que os taxistas recebem por levar turistas a restaurantes caros), e de muito boa qualidade... ou deveria dizer... quantidade?
Conseguimos assim posar para a fotografia nos mais variados locais que o nosso taxista Pedro ia desencantando. Aqui ficam alguns:
Sambódromo e camarote da escola de samba Beija Flor
Estádio do Maracaná
Parada militar no Dia da Independência do Brasil
Ipanema e Leblon
Estádio do Maracaná
Parada militar no Dia da Independência do Brasil
Ipanema e Leblon
Além das viagens de táxi, tivemos a oportunidade de visitar o obrigatório Corcovado e o Pão de Açucar. Bem... para este último eu tinha planos diferentes. Queria escalá-lo!
Levei um contacto de um escalador que não consegui contactar durante os 2 primeiros dias no Rio... Então decidi procurar alguém nos clubes locais e encontrei um clube/empresa que vendia serviços de guia de montanha, para escalar o Pão de Açucar. Como não tinha tempo para procurar mais, lá combinei para o dia seguinte a escalada. Acordei mais cedo e telefonei logo ao guia, que me disse que estava ainda atrasado. Decidi aproveitar este "tempinho" para subir ao Corcovado, sozinho, onde conheci duas brasileiras que queriam emigrar para os EUA.
Conversas sobre a minha experiência, uma viagem de "trenzinho" que demorou bastante e era a minha vez de me atrasar para a escalada...
Telefonei ao guia mas ele nao atendia... e quando consegui finalmente falar com ele, desculpou-se que já era tarde e já não podia ir! Fui à empresa dele tentar arranjar outro guia e nada...
Como não arranjei solução, inventei uma: fui andar de Asa Delta (para matar o tempo)...
Foi giro. A asa delta dá-nos uma sensação de segurança incrível. Lá consegui convencer o piloto que eu era um gajo radical e que aquilo era "fraquinho". Então ele faz umas "manobras apertadas" com uns mergulhos que faziam o estômago à boca ao comum dos passageiros, mas não a mim, habituado a "drops" maiores na escalada e no canyoning :)
À noite decidi voltar ao clube/empresa de escalada. Depois de conversar com o guia, lá decidi apostar tudo num acordar madrugador e escalar o Pão de Açúcar em menos de 5h, pois tinha avião às 15h, para São Paulo.
Acordo cedo mais uma vez e vou para o ponto de encontro, mas à hora marcada o guia não aparece, nem 30min depois... nem 1h depois... nem 2h depois. Eu ainda sonhava com uma subida em velocidade pelo Pão de Açucar...
Fui procurar outros escaladores nas paredes adjacentes e lá encontrei um grupo que me disse que a empresa LimiteVertical que contratei era uma empresa de 2ª linha, que conheciam o guia Jean Fleuber e que, achavam estranho ele fazer-me isto! Sensibilizados pela minha determinação em escalar o Pão de Açúcar, lá me deram indicações para um amigo deles, mais velho, também guia de montanha, mas lesionado, que estava a escalar algures na base do Pão de Açúcar. Fui procurá-lo já sem esperança de chegar ao cume, pois já eram quase 11h. Não o encontrei.
No regresso, encontro um jovem rapaz a calçar uns pés-de-gato e a fazer boulder numa pequena travessia à face do caminho pedonal. Logo me junto a ele e depois de 5min a resolver este fácil problema de bloco, o rapaz convida-me para uma partida de xadrez!
E pronto, o final mais improvável para a aventura de escalar o Pão de Açúcar: uma partida de xadrez na sua base. Infelizmente ganhei a partida de xadrez, apesar do domínio do meu novo amigo, depois de uma jogada que surpreendeu o meu adversário. Avancei um peão até à última casa do tabuleiro e troco-o por uma rainha:
- Oi?! Que está fazendo? - Então, a trocar o peão por uma rainha! - Mas isso não é dama não, cara... é xadrez - disse ele com um sorriso inocente
Depois de lhe explicar esta nova regra, o equilíbrio deixou de pender para o lado dele, equilibrando-se para o meu, ganhando facilmente o jogo! Estava na hora de correr para o avião para São Paulo!
2 comentários:
Que saudades. Para o ano o prémio é nosso! :-)
Queiroz, fico satisfeito em ter agradado a esta brilhante equipa. Mostrar a Cidade Maravilhosa (Rio) a vocês além de uma realização profissional foi melhor em recordar minha estadia em Portugal. Foi pena que não os conheciam. Breve estaremos aí em Aveiros relembrando estes dias que estiveram aqui. Ainda não falei com vocês que o tempo piorou muinto depois que vocês foram embora.
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